segunda-feira, 24 de maio de 2010
Contactos
ADEXO
R. Alberto Sousa loja 2
Zona B ao Rego
1600-126 Lisboa
Portugal
Telefone: +351 217 820 565
ATENDIMENTO - 3ª, 4ª e 5ª Feira das 15h às 19h
Consultas em Hospitais:
. Hospital Garcia de Orta, Almada : Consultas de Nutrição e Perturbações do Comportamento Alimentar
. Hospital de Santa Maria, Lisboa: Consulta de Doenças do Comportamento Alimentar.
. Hospital da Universidade de Coimbra: Consulta de Distúrbios Alimentares, do Serviço de Psiquiatria.
. Hospital de S. João, Porto: Consulta de Doenças do Comportamento Alimentar, do Serviço de Psiquiatria.
. Hospital de Crianças Maria Pia, Porto: Consulta de Pedopsiquiatria.
. Hospital de S. Marcos, Braga: Consulta de Doenças do Comportamento Alimentar.
PERTURBAÇÕES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Anorexia e Bulimia
Todos nós comemos, não só porque necessitamos de o fazer, como também porque nos dá prazer. No entanto, como em qualquer comportamento humano, o modo de nos alimentarmos varia grandemente de pessoa para pessoa. Algumas pessoas comem mais, outras menos; algumas engordam com facilidade, outras não. Mas algumas pessoas chegam ao extremo de se magoarem as si mesmas, comendo em excesso ou restringindo a sua alimentação de uma forma abusiva. Nestes casos, podemos falar, respectivamente, de bulimia nervosa e anorexia nervosa.
Embora seja aparentemente fácil distinguir estas duas perturbações alimentares, as pessoas que sofrem das mesmas, por vezes, têm sintomas comuns, acontecendo frequentemente a bulimia desenvolver-se depois de um período de meses ou anos de sintomas anorécticos.
As mulheres sofrem destas perturbações dez vezes mais do que os homens, pelo que ao longo deste texto nos referiremos sobretudo às pessoas do sexo feminino. No entanto, também os homens devem ler este documento com atenção e procurar ajuda se acharem conveniente. Muitas das vezes, estas perturbações alimentares têm início na adolescência, enquanto os jovens ainda estão em casa. O apoio dos pais será essencial para que o processo terapêutico seja bem sucedido.
SINTOMAS
NA ANOREXIA:
• Medo de engordar
• Restrição da alimentação
• Perca excessiva de peso
• Prática excessiva de exercício físico
• Os períodos menstruais tornam-se irregulares ou mesmo inexistentes
A anorexia habitualmente tem início na adolescência, apesar de poder ter início num período anterior, a infância, ou posterior, aos 30, 40 anos de idade. Pensa-se que as raparigas oriundas de meios socio-económico-culturais mais elevados e diferenciados têm uma maior incidência desta perturbação, mas também as restantes podem vir a sofrer da mesma. Com frequência, outros membros da família já tiveram sintomas idênticos. Quase sempre, a anorexia tem início nas vulgares dietas que as adolescentes fazem. Cerca de 1/3 das pacientes com anorexia tinha peso a mais antes de iniciar tais dietas. No entanto, ao contrário das "dietas comuns", que terminam quando o peso desejado é alcançado, na anorexia a dieta e a perca de peso subsistem até que a pessoa atinge níveis de peso muito inferiores às esperadas para a sua idade. A quantidade ínfima de calorias que são ingeridas; a restrição cada vez mais acentuada de alimentos até ao ponto de só serem ingeridas saladas, fruta ou vegetais; a prática vigorosa de exercício físico e a tomada de comprimidos dietéticos, devem ser vistas como sintomas claros de uma possível anorexia nervosa.
Embora o termo "anorexia" signifique "perda de apetite", o que se passa na realidade é que a pessoa com anorexia mantém o seu apetite normal mas controla drasticamente o mesmo. Com o decorrer do tempo, a anoréctica pode começar a sofrer de sintomas opostos, próprios da bulimia e tentará, para eliminar aquilo que ingeriu, tomar laxantes ou provocar o vómito de modo a controlar o peso. Ao contrário das pessoas que sofrem de bulimia nervosa "pura", nas anorécticas o peso continuará a ser muito baixo.
NA BULIMIA
• Medo de engordar
• Alimentação compulsiva (incapacidade de controlar tais episódios)
• Peso normal
• Os períodos menstruais tornam-se irregulares
• Uso excessivo de laxantes e/ou indução do vómito
Esta perturbação alimentar habitualmente atinge uma faixa etária diferente, como seja as mulheres na casa dos 20 anos, que também tiveram um peso excessivo na sua infância. Tal como as anorécticas, as bulímicas sofrem de um medo excessivo de ganhar peso mas, ao contrário das primeiras, normalmente estas conseguem manter o seu peso normal. Isto sucede porque, embora tentem, através da indução do vómito e do uso de laxantes, perder peso, o facto é que têm episódios de alimentação compulsiva que não conseguem controlar. Estes episódios caracterizam-se por ingerir grandes quantidades de alimentos gordos em curtíssimos espaços de tempo, por exemplo, comer vários pacotes de bolachas, chocolates e bolos em apenas duas horas. Depois destes episódios, a bulímica irá induzir o vómito e sentir-se-á muito culpada e deprimida. Apesar de toda esta situação ser extremamente desconfortável, cria-se um ciclo vicioso que elas não conseguem ultrapassar e este padrão caótico de alimentação instala-se.
COMO PROCURAR AJUDA
Com os casos de anorexia, são habitualmente os familiares a aperceberem-se de que algo não está bem, ao repararem que a sua irmã ou filha não só está muito magra, como continua a perder peso. Apesar de para os outros esta perca excessiva de peso parecer alarmante, a própria dificilmente admitirá esse facto e continuará, pelo contrário, a achar que está demasiado gorda. De facto, mesmo os outros poderão não se aperceber da gravidade da situação durante algum tempo, uma vez que a vêem a comer grandes quantidades de "alimentos saudáveis" (obviamente dietéticos).
A pessoa com bulimia sentir-se-à frequentemente culpada e envergonhada dos seus comportamentos mas tentará escondê-los custe o que custar. Para além disso, ingerir grandes quantidades de comida e depois vomitar ou tomar laxantes poderá ser algo extremamente exaustivo e consumidor de tempo. Poderá afectar as suas performances académicas ou profissionais e certamente irá dificultar-lhe muito a sua vida social, pelo que admitir que tem um problema poderá ser extremamente positivo e causar grande alívio.
O primeiro passo para tratar estas perturbações alimentares, será obviamente o reconhecimento de que as mesmas se instalaram. Quanto mais depressa a própria ou os familiares admitirem que algo não está bem, melhor. Depois disto, é absolutamente indispensável recorrer de imediato a um médico psiquiatra ou psicólogo, preferencialmente numa consulta especializada, pois que a anorexia pode mesmo levar à morte. O próprio médico de família poderá fazer esta ligação e conduzir o processo da melhor forma. Será essencial o envolvimento de todas as figuras de ligação importantes e também estes devem ter apoio psicológico/psiquiátrico.
ATENÇÃO AOS CEREAIS QUE COMES AO PEQUENO-ALMOÇO
"Demasiado açúcar" nos cereais de pequeno-almoço, denuncia a Deco
A Associação Portuguesa dos Direitos do Consumidor (Deco) identificou "demasiado açúcar" nos cereais de pequeno-almoço e defende como alternativa pão, leite e fruta, considerando que são mais saudáveis e uma arma contra a obesidade infantil. Na edição de Outubro da revista "Proteste" lê-se que foi identificado "demasiado açúcar" nos 171 cereais de pequeno-almoço de 31 países, incluindo Portugal, que foram analisados.
A Deco recomenda aos pais que "leiam a informação nutricional e escolham produtos com menos açúcar, gordura e sal". "Os cereais açucarados não devem ser a regra ao pequeno-almoço, mas a excepção. O pão, em especial o integral, é uma fonte de cereais mais saudável", defende a associação dos direitos do consumidor.
A Deco anunciou também que aderiu a uma campanha internacional que tem como objectivo a restrição do marketing e da publicidade a produtos que engordam através da criação de um código internacional, a implementar pelos governos nacionais.
"Cabe aos fabricantes reduzir a quantidade de açúcar, gordura e sal dos seus produtos", defende a associação, que se congratula com a recente proposta da Comissão Europeia de distribuir fruta e legumes gratuitamente nas escolas. "É uma boa iniciativa", considera.
A Deco apela ainda aos professores para que promovam "a educação alimentar, sem esquecer a análise dos rótulos e uma atitude crítica face à publicidade".
A associação anunciou a criação de uma linha gratuita (800 781 782) que disponibiliza o esclarecimento de nutricionistas. A linha estará em funcionamento até 16 de Outubro, Dia Mundial da Alimentação. Dados recentes indicam que um terço das crianças portuguesas tem excesso de peso.
Fabricantes garantem que fornecem informação "correcta"
Os fabricantes de cereais de pequeno-almoço em Portugal responderam ao artigo na "Proteste" afirmando que fornecem nas suas embalagens "informação nutricional, correcta e completa", bem como "as doses diárias recomendadas".
Em comunicado, a Associação Portuguesa de Produtores de Flocos de Cereais (AFLOC) realçou que "os cereais de pequeno-almoço são uma importante fonte de hidratos de carbono, contêm fibras e fornecem 25 por cento da dose diária recomendada das principais vitaminas e minerais". "A dose diária de cereais de pequeno-almoço, recomendada pelos fabricantes e validada por médicos e nutricionistas, é de 30 gramas (seis colheres de sopa) por refeição e não as 100 gramas mencionadas no estudo da Consumers International", em que a Deco participou.
A associação acrescenta que "os cereais de pequeno-almoço, porque são consumidos com leite, ajudam a aumentar o consumo deste alimento tão importante na alimentação de crianças, nomeadamente pelo aporte de cálcio que proporciona".
"Os cereais de pequeno-almoço têm maior teor em fibra, vitaminas e minerais do que o pão de trigo branco, que normalmente não é consumido simples, mas sim com a adição de um ingrediente, que pode representar valores de açúcares, gorduras e sal mais elevados", lê-se no comunicado.
Os fabricantes de cereais de pequeno-almoço em Portugal garantem ainda que "fornecem em todas as embalagens informação nutricional, correcta e completa, e as doses diárias recomendadas". Essa informação dá, de acordo com a AFLOC, "especial atenção para os produtos dirigidos às crianças". "A informação visa ajudar os consumidores a fazerem escolhas alimentares saudáveis e verdadeiramente informadas, de acordo com o seu estilo de vida", lê-se no comunicado.
A Associação Portuguesa dos Direitos do Consumidor (Deco) identificou "demasiado açúcar" nos cereais de pequeno-almoço e defende como alternativa pão, leite e fruta, considerando que são mais saudáveis e uma arma contra a obesidade infantil. Na edição de Outubro da revista "Proteste" lê-se que foi identificado "demasiado açúcar" nos 171 cereais de pequeno-almoço de 31 países, incluindo Portugal, que foram analisados.
A Deco recomenda aos pais que "leiam a informação nutricional e escolham produtos com menos açúcar, gordura e sal". "Os cereais açucarados não devem ser a regra ao pequeno-almoço, mas a excepção. O pão, em especial o integral, é uma fonte de cereais mais saudável", defende a associação dos direitos do consumidor.
A Deco anunciou também que aderiu a uma campanha internacional que tem como objectivo a restrição do marketing e da publicidade a produtos que engordam através da criação de um código internacional, a implementar pelos governos nacionais.
"Cabe aos fabricantes reduzir a quantidade de açúcar, gordura e sal dos seus produtos", defende a associação, que se congratula com a recente proposta da Comissão Europeia de distribuir fruta e legumes gratuitamente nas escolas. "É uma boa iniciativa", considera.
A Deco apela ainda aos professores para que promovam "a educação alimentar, sem esquecer a análise dos rótulos e uma atitude crítica face à publicidade".
A associação anunciou a criação de uma linha gratuita (800 781 782) que disponibiliza o esclarecimento de nutricionistas. A linha estará em funcionamento até 16 de Outubro, Dia Mundial da Alimentação. Dados recentes indicam que um terço das crianças portuguesas tem excesso de peso.
Fabricantes garantem que fornecem informação "correcta"
Os fabricantes de cereais de pequeno-almoço em Portugal responderam ao artigo na "Proteste" afirmando que fornecem nas suas embalagens "informação nutricional, correcta e completa", bem como "as doses diárias recomendadas".
Em comunicado, a Associação Portuguesa de Produtores de Flocos de Cereais (AFLOC) realçou que "os cereais de pequeno-almoço são uma importante fonte de hidratos de carbono, contêm fibras e fornecem 25 por cento da dose diária recomendada das principais vitaminas e minerais". "A dose diária de cereais de pequeno-almoço, recomendada pelos fabricantes e validada por médicos e nutricionistas, é de 30 gramas (seis colheres de sopa) por refeição e não as 100 gramas mencionadas no estudo da Consumers International", em que a Deco participou.
A associação acrescenta que "os cereais de pequeno-almoço, porque são consumidos com leite, ajudam a aumentar o consumo deste alimento tão importante na alimentação de crianças, nomeadamente pelo aporte de cálcio que proporciona".
"Os cereais de pequeno-almoço têm maior teor em fibra, vitaminas e minerais do que o pão de trigo branco, que normalmente não é consumido simples, mas sim com a adição de um ingrediente, que pode representar valores de açúcares, gorduras e sal mais elevados", lê-se no comunicado.
Os fabricantes de cereais de pequeno-almoço em Portugal garantem ainda que "fornecem em todas as embalagens informação nutricional, correcta e completa, e as doses diárias recomendadas". Essa informação dá, de acordo com a AFLOC, "especial atenção para os produtos dirigidos às crianças". "A informação visa ajudar os consumidores a fazerem escolhas alimentares saudáveis e verdadeiramente informadas, de acordo com o seu estilo de vida", lê-se no comunicado.
OS EXAMES ESTÃO À PORTA - OS NEURÓNIOS TAMBÉM SE ALIMENTAM
É verdade: é possível ajudar os neurónios a cumprir a sua função em situações de grande exigência intelectual. E como Junho é, por tradição, época de exames, aqui ficam algumas sugestões para "alimentar" o cérebro.
Em época de exames a insegurança e a ansiedade apoderam-se dos jovens, que jogam o tudo por tudo no acesso à universidade. Sob pressão - perante o aumento da responsabilidade, o receio de falhar e as expectativas (sempre elevadas) dos pais -, os jovens vivem nesta altura um período de instabilidade emocional que se repercute facilmente (e negativamente) nos hábitos alimentares. A própria rotina do estudo, sobretudo para aqueles que fazem maratonas procurando compensar nos últimos dias o estudo perdido ao longo do ano lectivo, troca as voltas às refeições, com os alunos a comer rapidamente "qualquer coisa" e voltar depressa aos livros. Mas assim não se estão a preparar devidamente para os exames: não basta estudar, é preciso manter o cérebro bem alimentado para a concentração não falhar na hora "H".
O cérebro precisa de combustível, como qualquer outra máquina. Como um automóvel que só funciona com gasolina sem chumbo, o cérebro só funciona com glucose, não com gorduras nem com proteínas. Por isso, a primeira preocupação deve ser abastecer o organismo com alimentos ricos em hidratos de carbono (são eles que fornecem a glucose), de modo a que o cérebro vá buscar a energia de que necessita. E que alimentos são esses? São essencialmente cereais, leguminosas, frutos, tubérculos e legumes: pão, arroz, massas, cereais de pequeno-almoço, feijão, grão, ervilhas, batata são alguns dos alimentos que devem integrar as refeições de quem estuda para exames. Um dia de estudo pode, por exemplo, começar com um pequeno-almoço à base de leite com cereais integrais e frutos secos. A meio da manhã deve ser feito um intervalo, tempo para um iogurte ou uma peça de fruta. Ao almoço é indispensável uma sopa de legumes, seguida de carne ou peixe, mas qualquer um deles acompanhado de arroz ou massa, batatas cozidas ou leguminosas. Uma salada crua deve completar a refeição, sendo que este menu deve ser semelhante ao jantar.
À tarde deve repetir-se o lanche da manhã. A luz do fósforo Com este tipo de alimentação garante-se ao longo do dia a glucose de que o cérebro necessita para dar resposta ao acréscimo de exigência a que é submetido com o estudo intensivo. E ao mesmo tempo fornece-se ao organismo vitaminas do complexo B, em que estes alimentos também são ricos. Chegado o dia do exame, deve manter-se o cuidado com a alimentação. E a regra número 1 é nunca sair de casa sem um bom pequeno-almoço, já que o cérebro precisa de uma quantidade mínima de glucose (120 miligramas) para estar operacional. E sem glucose o resultado podem ser dores de cabeça, que prejudicam naturalmente o desempenho do aluno. Leite meio gordo, cereais e fruta, ou pão e queijo, devem integrar o desjejum do dia "D", com o cuidado de não ingerir qualquer alimento que seja estranho à rotina alimentar, já que o organismo pode reagir, causando indisposição. Quando se fala em exames, e no esforço adicional que implicam para quem estuda, fala-se frequentemente na necessidade de aumentar a ingestão de fósforo, associado a um incremento do rendimento intelectual.
Não é por acaso que a palavra radica num termo grego que significa "o que produz luz". É verdade que a carência deste mineral é causadora de fadiga física e intelectual, pelo que em situações graves pode ser recomendada a toma de suplementos. Contudo, uma alimentação equilibrada fornece fósforo na quantidade certa, pois o fósforo está presente em produtos que consumimos regularmente: no peixe, sobretudo, mas também na carne, nos frutos secos e nos cereais integrais. O importante é aproveitar a alimentação a seu favor, tirando dela o máximo benefício naquele que é afinal um período de grande esforço intelectual e até físico. Por isso, se em Junho os seus conhecimentos vão ser postos à prova, alimente bem os seus neurónios.
Em época de exames a insegurança e a ansiedade apoderam-se dos jovens, que jogam o tudo por tudo no acesso à universidade. Sob pressão - perante o aumento da responsabilidade, o receio de falhar e as expectativas (sempre elevadas) dos pais -, os jovens vivem nesta altura um período de instabilidade emocional que se repercute facilmente (e negativamente) nos hábitos alimentares. A própria rotina do estudo, sobretudo para aqueles que fazem maratonas procurando compensar nos últimos dias o estudo perdido ao longo do ano lectivo, troca as voltas às refeições, com os alunos a comer rapidamente "qualquer coisa" e voltar depressa aos livros. Mas assim não se estão a preparar devidamente para os exames: não basta estudar, é preciso manter o cérebro bem alimentado para a concentração não falhar na hora "H".
O cérebro precisa de combustível, como qualquer outra máquina. Como um automóvel que só funciona com gasolina sem chumbo, o cérebro só funciona com glucose, não com gorduras nem com proteínas. Por isso, a primeira preocupação deve ser abastecer o organismo com alimentos ricos em hidratos de carbono (são eles que fornecem a glucose), de modo a que o cérebro vá buscar a energia de que necessita. E que alimentos são esses? São essencialmente cereais, leguminosas, frutos, tubérculos e legumes: pão, arroz, massas, cereais de pequeno-almoço, feijão, grão, ervilhas, batata são alguns dos alimentos que devem integrar as refeições de quem estuda para exames. Um dia de estudo pode, por exemplo, começar com um pequeno-almoço à base de leite com cereais integrais e frutos secos. A meio da manhã deve ser feito um intervalo, tempo para um iogurte ou uma peça de fruta. Ao almoço é indispensável uma sopa de legumes, seguida de carne ou peixe, mas qualquer um deles acompanhado de arroz ou massa, batatas cozidas ou leguminosas. Uma salada crua deve completar a refeição, sendo que este menu deve ser semelhante ao jantar.
À tarde deve repetir-se o lanche da manhã. A luz do fósforo Com este tipo de alimentação garante-se ao longo do dia a glucose de que o cérebro necessita para dar resposta ao acréscimo de exigência a que é submetido com o estudo intensivo. E ao mesmo tempo fornece-se ao organismo vitaminas do complexo B, em que estes alimentos também são ricos. Chegado o dia do exame, deve manter-se o cuidado com a alimentação. E a regra número 1 é nunca sair de casa sem um bom pequeno-almoço, já que o cérebro precisa de uma quantidade mínima de glucose (120 miligramas) para estar operacional. E sem glucose o resultado podem ser dores de cabeça, que prejudicam naturalmente o desempenho do aluno. Leite meio gordo, cereais e fruta, ou pão e queijo, devem integrar o desjejum do dia "D", com o cuidado de não ingerir qualquer alimento que seja estranho à rotina alimentar, já que o organismo pode reagir, causando indisposição. Quando se fala em exames, e no esforço adicional que implicam para quem estuda, fala-se frequentemente na necessidade de aumentar a ingestão de fósforo, associado a um incremento do rendimento intelectual.
Não é por acaso que a palavra radica num termo grego que significa "o que produz luz". É verdade que a carência deste mineral é causadora de fadiga física e intelectual, pelo que em situações graves pode ser recomendada a toma de suplementos. Contudo, uma alimentação equilibrada fornece fósforo na quantidade certa, pois o fósforo está presente em produtos que consumimos regularmente: no peixe, sobretudo, mas também na carne, nos frutos secos e nos cereais integrais. O importante é aproveitar a alimentação a seu favor, tirando dela o máximo benefício naquele que é afinal um período de grande esforço intelectual e até físico. Por isso, se em Junho os seus conhecimentos vão ser postos à prova, alimente bem os seus neurónios.
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