É verdade: é possível ajudar os neurónios a cumprir a sua função em situações de grande exigência intelectual. E como Junho é, por tradição, época de exames, aqui ficam algumas sugestões para "alimentar" o cérebro.
Em época de exames a insegurança e a ansiedade apoderam-se dos jovens, que jogam o tudo por tudo no acesso à universidade. Sob pressão - perante o aumento da responsabilidade, o receio de falhar e as expectativas (sempre elevadas) dos pais -, os jovens vivem nesta altura um período de instabilidade emocional que se repercute facilmente (e negativamente) nos hábitos alimentares. A própria rotina do estudo, sobretudo para aqueles que fazem maratonas procurando compensar nos últimos dias o estudo perdido ao longo do ano lectivo, troca as voltas às refeições, com os alunos a comer rapidamente "qualquer coisa" e voltar depressa aos livros. Mas assim não se estão a preparar devidamente para os exames: não basta estudar, é preciso manter o cérebro bem alimentado para a concentração não falhar na hora "H".
O cérebro precisa de combustível, como qualquer outra máquina. Como um automóvel que só funciona com gasolina sem chumbo, o cérebro só funciona com glucose, não com gorduras nem com proteínas. Por isso, a primeira preocupação deve ser abastecer o organismo com alimentos ricos em hidratos de carbono (são eles que fornecem a glucose), de modo a que o cérebro vá buscar a energia de que necessita. E que alimentos são esses? São essencialmente cereais, leguminosas, frutos, tubérculos e legumes: pão, arroz, massas, cereais de pequeno-almoço, feijão, grão, ervilhas, batata são alguns dos alimentos que devem integrar as refeições de quem estuda para exames. Um dia de estudo pode, por exemplo, começar com um pequeno-almoço à base de leite com cereais integrais e frutos secos. A meio da manhã deve ser feito um intervalo, tempo para um iogurte ou uma peça de fruta. Ao almoço é indispensável uma sopa de legumes, seguida de carne ou peixe, mas qualquer um deles acompanhado de arroz ou massa, batatas cozidas ou leguminosas. Uma salada crua deve completar a refeição, sendo que este menu deve ser semelhante ao jantar.
À tarde deve repetir-se o lanche da manhã. A luz do fósforo Com este tipo de alimentação garante-se ao longo do dia a glucose de que o cérebro necessita para dar resposta ao acréscimo de exigência a que é submetido com o estudo intensivo. E ao mesmo tempo fornece-se ao organismo vitaminas do complexo B, em que estes alimentos também são ricos. Chegado o dia do exame, deve manter-se o cuidado com a alimentação. E a regra número 1 é nunca sair de casa sem um bom pequeno-almoço, já que o cérebro precisa de uma quantidade mínima de glucose (120 miligramas) para estar operacional. E sem glucose o resultado podem ser dores de cabeça, que prejudicam naturalmente o desempenho do aluno. Leite meio gordo, cereais e fruta, ou pão e queijo, devem integrar o desjejum do dia "D", com o cuidado de não ingerir qualquer alimento que seja estranho à rotina alimentar, já que o organismo pode reagir, causando indisposição. Quando se fala em exames, e no esforço adicional que implicam para quem estuda, fala-se frequentemente na necessidade de aumentar a ingestão de fósforo, associado a um incremento do rendimento intelectual.
Não é por acaso que a palavra radica num termo grego que significa "o que produz luz". É verdade que a carência deste mineral é causadora de fadiga física e intelectual, pelo que em situações graves pode ser recomendada a toma de suplementos. Contudo, uma alimentação equilibrada fornece fósforo na quantidade certa, pois o fósforo está presente em produtos que consumimos regularmente: no peixe, sobretudo, mas também na carne, nos frutos secos e nos cereais integrais. O importante é aproveitar a alimentação a seu favor, tirando dela o máximo benefício naquele que é afinal um período de grande esforço intelectual e até físico. Por isso, se em Junho os seus conhecimentos vão ser postos à prova, alimente bem os seus neurónios.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário